Estrela do DEM, o prefeito de
Salvador, ACM Neto, cogita, de acordo com fontes do Bahia Notícias que circulam
em Brasília, uma virtual migração para o PMDB. O objetivo seria manter uma
característica intrínseca do DNA herdado do ex-senador Antônio Carlos
Magalhães: ficar próximo ao governo federal. As conversas, que aconteceriam com
o PMDB na esfera federal, não necessariamente passam pela anuência do atual
dirigente peemedebista da Bahia, Geddel Vieira Lima, candidato derrotado na
corrida pelo Senado no último dia 5. Um pé do democrata foi plantado no PMDB
ano passado: um dos braços direitos de ACM Neto, Bruno Reis, foi candidato pelo
partido a deputado estadual. Até o último domingo (26), ACM Neto apostou as
fichas na vitória de Aécio Neves (PSDB) na tentativa de chegar ao Palácio do
Planalto. Com a confirmação da reeleição de Dilma Rousseff (PT), o prefeito da
capital baiana tenta se reaproximar do governo federal, movimento que chegou a
ser ensaiado em 2013 e descartado após o acirramento da campanha eleitoral. O
próprio ACM Neto deu indícios de descontentamento com os rumos do DEM. Antes da
eleição, o prefeito sugeriu que o partido poderia se fundir com outro para
criar uma estrutura mais forte na Câmara Federal. O presidente nacional do DEM,
Agripino Maia, desconversou, mas o chefe do Executivo soteropolitano não recuou
sobre a afirmação. ACM Neto, além de conseguir a almejada proximidade com o
governo federal, levaria também um número considerável de apoiadores, que
ampliariam – mesmo que temporariamente – a base de Dilma. O PMDB, com apoio de
eventuais emigrantes do DEM, conseguiria então um número de deputados maior que
o PT e não precisaria de maiores desgastes para controlar a Câmara. Bahia Notícias